domingo, 30 de novembro de 2008

deu borrachos, nada de novo

Nenhuma surpresa nos resultados dessas eleições de DCE na Unisinos. Que pena que não postei antes as projeções, mas uma meia dúzia de colegas as escutaram da minha boca. Eu disse que os borrachos largariam na frente com uns mil votos, a dois com seiscentos e a quatro do nada. Bem, parece que tava certo mesmo. Pouca coisa se alterou. Ainda estamos buscando quem pode nos fornecer números oficiais, mas podemos antecipar os números aproximados. (1100 votos, chapa 3 borrachos - 700 votos, chapa 2 novo enredo - 400 votos, chapa 4 voz ativa - 10% de participação)
Justifico a projeção. Pelo trabalho de divulgação de suas críticas e pelas comunidades de orkut, se previam uns mil votos para os borrachos. A Novo Enredo, ligada a Kizomba e maior herdeira da ParticipAção, contou com apoio dos DAs. Pelos votos que haviam recebido esses DAs em suas eleições, estimei em 600 votos. Já a outra chapa não tinha um grande curral eleitoral. A Voz Ativa se retirou cedo do DCE por divergências e dado o fracasso da reconciliação nas instancias do PT, formou sua chapa de última hora. Talvez por isso não apresentaram nomes novos. São estes últimos os maiores vitoriosos do pleito. Venceram a adversidade, ampliaram sua base e conquistaram, do nada, mais votos que os outros com seus eleitorados cativos.
Voltemos ao Partido Borracho, vitoriosos de fato e de direito. A vitória foi legítima e os adversários admitem a derrota na eleição mais limpa que se tem notícia. Não houveram ocorrencias de hostilidades, salvas excessões isoladas mesmo, com perdão da redundância. Enfim, o clima era ameno e o nível das campanhas, elevado.
Fica a esperança de que em algo os borrachos sejam diferente da gestão ParticipAção: que agora sejam escutados os críticos. Mas os prognósticos são mais otimistas mesmo. Se diz que é possível que os borrachos façam uma gestão séria. Pior que o DCE em anos anteriores é impossível. Os borrachos estariam de parabéns se conseguirem superar negativamente seus antecessores.
O temor em relação a essa nova gestão, que prevalece ainda, é que se tornem uma máfia vitalícia e hereditária, tal como são Uges/Umespa, Une/Ubes, DCEs da Puc e da Ulbra. Esse sempre foi um temor no movimento estudantil da Unisinos. Pois quando se apresenta uma candidatura sem propostas claras, nem mostrando bem a que vêm, o fantasma volta. Os borrachos escondem muitas coisas e a confiança eles devem ainda conquistar.
Nós, deste blog, vamos aparecer para levar nossas propostas e apoio. Terão nosso apoio, em nome da unidade, enquanto não tivermos motivos para retiranos. Mas isso não vai nos impedir de abrir nossa boca. Muito pelo contrário, o DCE é de todos, que possa dar voz a todos, ainda mais a essa TRIBUNA.

repercussão do nosso RU

http://cathierineh.wordpress.com/2008/11/11/depoimento-aluno/

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Quem vai engolir? A quem é preferível engolir?

O DCE quase não mobilizou os estudantes neste ano. Esse é o seu papel, se posicionar em defesa de todos, e ao lado de todos, não de alguns. A oligarquia já é coisa do passado. Analisando o material das três chapas, idéias e propostas são boas, mas... O material deles é como se eles não tivessem nada a ver com isso. Suas propostas podem ser boas, mas o que garante que quem não fez nada, vai fazer agora? Parece que todos são ETs. Óbvio que todos falam bem de si, e mal dos outros. Todos são 'teu amigo' agora. É do jogo político viciado que os caras estão aprendendo a jogar. Em epoca de campanha o que vale é o voto, a demagogia e a lisonja.

Nosso papel político e jornalístico é confrontar suas contradições e propor uma controversia a cada um. Isso é salutar. Deixar evidente as objeções e não dizer que todos são bons, pois isto eles mesmos se encarregam de fazer. É certo que um deles vai ganhar e terá nosso apoio. Se não os apoiamos, não temos direito de criticar. Eu sempre os apoiei, por isso hoje os critico. Os borrachos nunca apoiaram nas dificuldades, mas criticam igual, como fazem os corvos que esperam a presa agonizar antes de aparecer para a refeição. Reflita sobre isso e poste teu comentário! Se minha postagem não é polêmica, não provoca reflexão nenhuma nem prestaremos serviço aos colegas com o debate. Se minha postagem não acrescentar nada novo, as pessoas não vão respeitar nosso blog. Se as postagem estiverem em desarmonia, estará queimado meu filme e o filme do blog, com seus colaboradores todos juntos.

Quem é aqui que pode pagar por seu curso? Poderia ser nossa próxima enquete na semana que vem. Quem aqui entre 16 e 24 anos vive numa boa e tem seu próprio dinheiro no bolso pra gastar a vontade? Para fazer faculdade tem que ganhar mais de mil reais. Que jovem tem esse emprego? Ah, quantos por cento? É uma oligarquia, só uns poucos aristocratas o podem. Ou então vivem de parasita dos velhos. Alguns até ganham isso, mas já tão passando dos 25. E se não tiver ajuda nenhuma, teria que ser uns dois mil reais pra ficar legal. Para a mensalidade, transpoorte, morar, comer, vestir... E tem direito de ter filho pequeno, esse estudante? Casamento, nem pensar. Golpe do baú, quem sabe? Que jovem ganha isso hoje? É justo sermos excluidos da universidade porque somos pobres? Ainda mesmo os filhos dos ricos (classe média, eu digo), é justo que estudem nas costas dos seus pais? Alguém aqui é criança aos 24, 25, 26... ? Até as regras de dedução do imposto de renda e pensão alimentícea, para os que essa se aplica, já são flexíveis a essa triste realidade brasileira. O cidadão é dependente, como se fosse uma criança até terminar a faculdade. De quem é o dever de lutar pela emancipação do jovem? É justo que a Unisinos nos trate como clientes e a educação como negócio? Eles devem gostar muito mesmo de nós, levamos uns R$ 50 mil a eles cada e eles nos mantém por aqui por quase dez anos, muitas vezes. É justo que quem deveria lutar por nós fique brincando de revolucionários? Incentivar a sujeira e a desordem não é um sinal de rebeldia. Piadinhas podem divertir, mas isso é coisa de quen não tá precisando mudar as coisas.

Aí vão algumas questões a refletir
Por que se deve adotar postura de ruptura antes de buscar diálogo? Por que os estudantes não se interessam por suas necessidades, lutas, bandeiras, mesmo sendo carentes? Será que o DCE representa mesmo os estudantes? Ou representam a seus próprios interesses e de seu clientelismo? Fica entre quatro e seis por cento, a quantidade de votos de estudantes que elege uma diretoria em eleição de DCE, como essa de hoje. Por que ninguem consegue aglutinar por uma causa nem mesmo 10% dos estudantes? A única excessão de mobilização é a eleição em sí. Em que todos os grupos dão o sangue para conseguir o cuórum mínimo: 10%. Todas essas questões são polêmicas e geram opiniões controversas. Tocaremos nesses assuntos, eu não me importaria de que discordassem de mim. Isso é política pura. Se quiserem os colegas entrar em outros temas mais aprofundados, também não me importo, muito pelo contrário. Se queremos ajudar, o faremos apontando coisas para melhorarem do que passando a mão por cima e alimentando o orgulho alheio.

E é isso que faremos daqui pra frente. Quem é que eles vão preferir engolir? A nós e a nossa Tribuna ou ao reitor e seu desejo sádico de nos ver sofrer para ter o direito a educação?

domingo, 23 de novembro de 2008

Minha posição

Vou me posicionar, pois quem lê, não conhece mas quer conhecer, fica bem perdido, pois ninguem assume o que é, quem é nem se posiciona em nada. Sou comunicador, estudo jornalismo e trabalho na Prefeitura de São Leopoldo. Tenho filiação partidária que data de quando alguns estudantes ainda tomavam mamadeira. E para mim, o partido nos deve apoiar e ao movimento em nossas demandas e não nós e o movimento apoiarmos o partido em sua estratégia de poder. Por essa razão, independente de qual for o meu partido, isso é irrelevante agora. Meu maior objetivo é melhorar minha formação profissional e defender esse objetivo e o de colegas com igual propósito, me motivam. A Universidade é uma instituição burguesa e o acesso não é universal. O movimento estudantil é históricamente um movimento burguês, e é um espaço de cooptação classista. Os estudantes tem o poder de mudar o mundo, se não cooptados pelas ideologias dominantes.
"quem roubou nossa coragem?" (Renato Russo)
Eu não sou burguês e não tenho tanta energia para a militância, mas me sinto no dever de contribuir, e isso pode ser vital para meu futuro. Como não sou burguês, casualmente, hoje eu tenho acesso a universidade e posso perder esse vínculo um dia, sem atingir meu objetivo, igual que qualquer jovem da minha classe. Contra isso luto. Também luto pela emancipação da nossa geração. Muitas vezes se aproxima um e diz: "acho que não é uma boa idéia expressares tuas idéias... Acho que tens mais a perder que a ganhar... " Não me importa! É mentira que devemos calar a nossa boca e repetir a ideologia dominante, seja burguesa ou burocrata. Meu emprego não depende de apadrinhamento político, aliás, defendo a administração pública em que trabalho porque seu projeto é genuíno e transparente e eu acredito. Mas sim, minhas possibilidades estão muito aquém das minhas necessidades, como todo jovem e como todo proletário.
Isso tudo é pra me posicionar como independente. Ninguém vai ter meu rabo preso, mas tenho posição e me posiciono. Ou seja, todos sabem onde estou e qual é o ponto de vista que tenho daqui. Quem quer falar de política, deve se posicionar desta maneira, não só dar seu ponto de vista. Como se fosse a única visão correta ou como se viesse de cima para baixo, pois de cima se vê tudo e melhor.

Ainda não decidi meu voto

Como eu não pude estar presente no dia a dia do DCE, não me meti diretamente no processo. Porém, fiz alguns amigos que confio, quando andei tentando ajudar um pouco os desolados colegas com o insêndio da casinha, que é de todos nós. Esses amigos, apoiei e apóio suas decisões. Eles levaram adiante na medida do possível e tocaram as coisas do DCE, a pesar da imensa burocracia que a esse engessou.
Os que integravam originalmente o Movimento Participação, por motivos que ignoro (não que eu não saiba, mas sim que desprezo mesmo), se divorciaram em mais de um grupo e alguns se ausentaram do dia a dia do DCE. A burocracia (ou o desinteresse mesmo) os impediram de cumprir com seu programa. Quando queimou a casinha, queimou o movimento estudantil junto e a auto-estima. Eu estava lá a disposição, tal como muitos que integram o CEB (conselho dos DAs). Onde estavam os borrachos? De certo são fisiológicos ou oposição sistemática. Rebeldes tão sem causa quanto aos protos a quem se dedicam a criticar.
Antes da eleição, se reuniram novamente os divorciados para tentar uma reconciliação. Eu estou me divorciando e sei que tipo de erros as pessoas cometem nesta hora, mas tudo bem. Eles elegeram cometer esses erros e sua situação ficou irreversível. Levaram o diálogo de reconciliação para um ambiente inadequado e incluiram pessoas de fora da relação para discutí-la.
Óbvio que não ia dar certo. Eu, como disse inicialmente, não me posicionei por falta de acúmulo e conhecimento do dia a dia. Ou seja, eu não pude influir no processo, não fui eu quem fiz a cag... , digo, o racha, não vou me meter. Os caras que apoiei, uns ficaram divididos pra lá e pra cá e os outros ainda ficaram no meio.
Como são gente mal acostumada com a burocracia, não me chamaram para opinar, problema é deles. Depois do racha feito, aí se lembram da gente. Quando se formam as chapas, todos são nossos amigões. Até o 'corvo' queria contar com o meu apoio. Mas é isso, não há muito o que ser feito. Hoje estão tres chapas aí e eu vou ter que votar numa.

a propósito,
os borrachos passam o ano criticando. Quando questionados das propostas, dizem que estão implícitas suas propostas. Ou seja, não são transparentes. Agora, ufa! Em tempo, prometem postar as propostas. Vejamos! Ah, mais críticas. Essas são suas propostas. Denunciar o racha que este blog narra.
Hehehe! eu deveria ter me dado conta. Faisca e Fumaça são corvos e corvos esperam a presa morrer, para então se alimentar dos restos. O DCE pegou fogo, os remanescentes batem cabeça, e os corvos sobrevoam a agonia do movimento estudantil estribuchante. Não é a toa que o corvo Fumaça cuidará da tesouraria. Nada pessoal, são negócios. É seu nicho do mercado, profissão política. Essa é a forma que os corvos se alimentam.

Corrida acirrada 2 - eleições do DCE Unisinos repercutem na Inglaterra

Continuo falando das chapas e da eleição do DCE desta semana.

O que todos tem em comum: Nenhum deles pode dizer que são abertos, democráticos ou que exigem isso da univerdidade. Pois essas práticas não as apreciam nem mesmo em suas entranhas. Nenhum deles apóia a proposta desse blog de eleição direta por lista para conselho universitário. A saber, esse é o conselho que decide os assuntos acadêmicos. É uma verdadeira caixinha preta e conta com tres representandes dos estudantes (cerca de 10%) para sentar-se a mesa com o "Inri Cristo", que é como o 'corvo' chama o reitor da Unisinos.
Nenhuma das chapas abraçou a Tribuna Universitária, proposta desse blog. Essa proposta é algo que se compara ao Orçamento Participativo, uma voz das massas sem institucionalização nem burocracia. É a própria democracia direta, aos que gostam, mas aos que preferem um modelo stalinista ou burguês, é uma bobagem essa coisa de participação das massas. As massas devem só servir de base e apoio, fazer o papel que Maquiavél descreveu para ela. A ideologia que domina hoje é essa: parecer ser revolucionário e rebelde é fashion. Não importa se se tem ou não mensagem ou propostas.
Tem uns que enchem a boca para criticar. Sou contra essa história de que só se pode criticar quem faz ou quem tem propostas. Apesar de não gostar muito desse clichê repetido indiscriminadamente a favor de quem repete a ideologia dominante, me reivindico contemplado. Eu posso criticar, eu propus e participei. Quem é que vai negar isso? Não vim fazer propaganda de mim, mas sim defender as idéias que me contemplam e que contemplam aos estudantes como um todo, já que outro não apareceu para cumprir com esse papel.

Repercussão na Inglaterra da eleição do DCE

Está bem acirrada a disputa, Amy Winehouse, Felipão... Os apoiadores já estão se posicionando. Eu ainda não decidí, mas gostaria de ir no acústico do Seu Madruga. Ele tá apoiando alguém? Parece que alguns apoios de peso podem fazer a diferença.

Corrida acirrada 1 - quem é quem

Aí estão formadas as chapas. Borrachos, Movimento Novo Enredo e Voz Ativa, quem deles nos contemplam? Aliás, quem são os proto-revolucionários?
Tá ruim de negócio. Em quem confiar? Uns sabem criticar tão bem, mas suas propostas são nebulosas. Outros criticam e propõem como se tivessem um poder de mobilização bárbaro, ou como se estivessem começando um levante. Curiosamente, esse levante está sempre por começar... estou cansado dessa conversa mole. Ambos estão cheios de adesões de última hora, muito bem intensionados estudantes iludidos. Ai, como eu queria estar equivocado!
Vamos dar nomes aos bois. Até agora nenhum "boi" aderiu ou abraçou a tribuna. Salvos uns e outros isoladamente, mas nenhuma chapa se dispõe a mobilizar e descentralizar o aparelho. Os borrachos não estão comprometidos com nada. Já estão ha um bom tempo criticando, mas não integram a nenhum DA, nem contam com algum apoio. Me corrijam se eu estiver errado (e certamente o farão)! Curiosamente o Fummy, que é do PT e já integrou o DCE no passado, mas se faz de desentendido, é candidato a tesoureiro. Acho que ele sabe o que fala quando diz que DCE é escolinha de futuros políticos. O 'fumaça' confia na falta de memória do povo, que não lembra mais dos irmãos corvos implacáveis. Mas não contava que eu, que nos anos 80 já assistia ao sbt, sei que esse corvo, irmão do 'faisca', outro corvo, quer o tesouro.
As críticas que faz ao PT devem ser fumaça mesmo, para que não vejamos a verdade. Por falar em PT, deixa eu ver se entendo bem! A chapa Movimento Novo Enredo é contra o Governo Lula e se propõe a lutar contra ele? O que querem dizer com não reproduzir ideologia dominante? Isso é o que dá pra entender, dentro do contexto. Discordo do corvo, que disse que eles representam o atual DCE. Lí seu material e eles querem transparência nas contas e auditoria na Unisinos, pois como sabemos, as contas do DCE são nebulosas, como fumaça. Conheci o grupo, me pareceu gente que vai tocar, pois são novos. Mas essa burocracia toda, tem uns estudantes que gostam, faz parte da ideologia dominante sim. Todas essas contradições desiludem o militante novo e o afastam. Eu não gostaria que por mais um ano os movimentos que sustentam políticamente o DCE se divorciem e a burocracia interna os engessem de novo.
Agora falta eu falar da outra chapa, a Voz Ativa. Desses, não posso muito, deixo para depois, quando eu conhecer seu panfleto. Conheço seus integrantes, idéias e tudo mais, tal como os demais, só me falta mesmo é conhecer as propostas... Não achei um blog deles na net e não cumpriram sua promessa de me mandar as propostas por e-meil. Problema é deles.

continua...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cheque nominal em branco? Ainda por cima a um desconhecido? Eu não. E tu?

esse emeil escreví a um colega, sobre a polêmica que trata esse blog

Muito obrigado
caro colega Leonardo

Estou agradecido, mesmo, que discutas política e tuas idéias somente com quem vale a pena e ao mesmo tempo o faças comigo. Imagino que tenhas avaliado valer a pena. É que estou plenamente de acordo com tuas ideias sobre política. Verdadeiro poder é fazer as coisas acontecer. A conquista do poder deve ser para se transformar o poder e as coisas, e não para sua própria locupletação, domínio sobre os outros... e todas essas distorções que conhecemos. É assim mesmo.
Como disse o próprio Lula uma vez: quem ñ gosta de política é governado por quem gosta. Leia-se envolver-se, no lugar de gostar. Cara! Te peço que sigas expondo tuas idéias. Política, na minha opinião, não deve ser uma carreira, para políticos profissionais. A não ser administradores públicos, técnicos, cientistas políticos, cientistas sociais e filósofos. Carreiristas, acho que ñ servem para a política. A política deve ser para todos. Nossos representantes devem ser como nós, ou não nos representarão. É para que nos representem que os elegemos e nós mesmos, se formos politizados, é que os selecionamos. Não é bem assim q acontece, mas...
Se pessoas se politizam como tu e eu, as coisas melhoram. Queremos ser representados, e se necessário e possível, representar. Que não seja nosso voto um cheque em branco nominal a desconhecidos. Que seja o voto um cheque ao portador mas com os valores bem claros.

Acho que já te aluguei muito com essa história e vejo q ñ queres mesmo falar mais disso. Tens mais o que fazer, tuas coisas pessoais. A vida individual é mais importante que o Estado mesmo, e por ele deve ser apoiado e não o contrário, como muito acontece em favor dos que sugam esse mesmo Estado. Que bom que não foste grosseiro ao me cortar. Te deixo, mas me procures quando queiras, por emeil ou na uni, para que possamos seguir juntos difundindo o que pensamos.

Falô.
Leandro Alano

ps. cara! posso publicar nosso diálogo no blog? prometo ñ divulgar teus dados pessoais, se assim o prefirires. é que achei muito interessante

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Meu e-mail para a chapa sobre a Tribuna Universitária

(aqui está, transparente, a proposta que fiz na reunião e a galera apoiou, então mandei a todos para que eles possam encaminhar. leitor eleitor, julgues tu se são transparentes e abertos mesmo!)

aí no link está o manifesto e a tese

http://www.novodce.blogspot.com/



vou defender um pouco mais sobre a tribuna universitária:

a tribuna é uma forma de dar voz a qualquer segmento organizado que apareça na universidade

eu quero poder convidar as pessoas a defenderem suas idéias nela.



organica

deve abrir com musica, para chamar a gurizada

deve dar 5 minutos para uma meia dúzia de entidades intervirem num primeiro momento

e encerrar com uma intervenção mais prolongada do DCE e dos DAs (coordenadamente) num segundo momento

fechar com musica



a tribuna é um meio de comunicação

como o nome diz, é uma tribuna



sugiro que se reuna semanalmente

na prática é uma assembléia geral permanente, abertíssima e não-deliberativa

pois os conselhos (como o CEB) e comitês que o DCE vai criar para receber a todos q ajudarão, já organizarão tudo, inclusive a assembléia geral mensal que vai deliberar



a tribuna pode encaminhar também



a reunião semanal que o DCE faz com o CEB vai definir qual será a intervenção que será feita no segundo momento

no primeiro momento, falam os movimentos, de acordo com um calendário permanente de inscrições

qualquer banda, time, grupo vai ter algo para apresentar e chamar a galera

todos juntos ouvindo as reinvindicações das minorias, nos fará unidos levantando as mesmas bandeiras de todos



esses grupos independentes devem se reunir periodicamente em seus centros de origem, de acordo com suas conveniencias, possibilidades e necessidades

os DAs podem ajudá-los cedendo espaço ou conseguindo salas de aula

tornando todos aliados nas nossas bandeiras macro



DAs podem tocar políticas junto com esses grupos

DCE pode promover formação política



qualquer coisa será feita, mas tudo será de verdade em prol da nessessidade de toda a massa

esses jesuitas vão ter que nos engolir



isso vai radicalizar e desengessar o movimento

ninguém vai patrolar



boa luta, galera

falô



contem comigo, dentro dos meus limites

Leandro Alano


obs.
(parenteses acrescidos para o blog)
(ficaram de me responder por e-mail, mas não recebi nada. estudante, abra o olho! veremos se o DCE será um fórum aberto para mobilizar ou um trampolim político)

sábado, 8 de novembro de 2008

vem a crise aí, vai sobrar pra nós

Respondendo à 'menina ruiva', não sou eu quem tenho propostas, é o movimento. Minha contribuição é para o movimento e este já tem suas reivindicações. Essa menina ruiva me havia perguntado se eu baixarei a mensalidade... Me pareceu que quis dizer que os borrachos o farão? Não, nem eles o farão.
A crise vem aí e a ULBRA já está indo a bancarrota. Obras faraônicas e empreendimentos babilônicos. Um investimento massivo em mídia, seguindo a lógica mercantil de vender o produto educação. Agora dessa incompetencia quem vai pagar a conta? Os funcionários já estão sem receber os salários. Não vamos longe, na Unisinos não é muito diferente. Pra quem já teve 30 mil alunos, hoje somos pouco mais de 20 mil e vai baixar ainda mais. Eles querem 15 mil pagando mil reais por mês cada. É uma estratégia de marketing diferente. Querem aparentar ser melhor e ter mais qualidade, quer direcionar-se a um nicho do mercado: os que podem. Incompetencia, não vai dar certo e vamos nós também a bancarrota.
A Unisinos nem devia mais se chamar Universidade. A saber, quase foi rebaixada e teve que instituir novos cursos nas coxas. Isso seria uma baixa em seu plano de apertar os nossos cintos. Já pararam com aquela coisa de fazer obras a cada semestre para apresentar balancetes que justifiquem reajuste de mensalidades. Trocavam o traçado da avenida, criavam mais um laguinho, faziam piscinas... aliás, as piscinas nem ficaram prontas.
Nem vou me deter a isso, mas sim é que nós temos um perfil de estudantes que a Unisinos não quer. O pobre. O trabalhador, o que luta pelo futuro, o que não tem outra alternativa, a não ser de engolir. Eles vão nos engolindo. A evasão é grandíssima. Muito poucos se formam, não sejamos egoistas, talvez amanhã seja eu e tu que tenhamos que desistir também.
Não tem sentido, quem eles querem? Quem é o jovem entre 16 e 24 anos que ganha entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil por mes (no mínimo), para poder fazer faculdade aqui. Não sejamos hipócritas e disfarçar. Ninguém. Isto é, menos de 10% deve até ganhar isso, porém alguns tem até mais de que 30 anos de idade. Não dá! Que querem eles? que dependamos dos nossos pais. E se os velhos tiverem muitos filhos ou forem pobres mesmo?

Essa luta é de todos, filho do pobre e filho do rico. Aqui já não somos crianças pra depender dos pais. Eles vão seguir assim, vão justificar um aumento poupudo na crise, inflação, bolsa, sei lá o que e nós vamos engolir? Sim, dependendo de quem estiver no DCE, sim. Somos otários? veremos. Eu não sou. Porisso chamo a unidade. Todos temos nossas causas pontuais, mas a grande causa que une a todos é, já que entramos, que saiamos com diploma e muito bem formados. Queremos justiça. Quero poder pagar e pagar por algo de qualidade (não é isso mesmo que é o capitalismo?). Estudantes de todas as tribos, uní-vos!

Além da bebedeira e da farra (que não será novidade em se tratando de DCE) que tem de propostas o PBO - partido borracho?

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

minha humilde contribuição

Caros colegas,
Como podem ver, eu já havia apresentado algo para ajudar na construção da nossa entidade. Também podem ver que não posso participar mais que isso e que com o Lucas, o Kayser e o Uíliam, estou contemplado e tenho certeza que as coisas serão transparentes e democráticas. O sonho ingênuo de "todos podem dar idéias e é democrático" todos nós temos ou tivemos um dia. Não criemos ilusões, para que não nos desiludamos depois. Tenham olhos bem abertos! Unidade acima de tudo!
Colegas, não permitam que as coisas aconteçam como nos anos anteriores (pergunte a qualquer um, dirão que o movimento está inerte)! Esse é o anhelo de todos nós. O movimento não começou no ato do R.U. como está sendo dito. O movimento já tem uma história. Agora sim, isso é certo, que o movimento realmente ganhou força no ato do R.U., que foi quando todos se somaram. Vocês é que engrossam e façam valer isso.
Existem outros estudantes que também querem construir, mas estão sendo excluídos por questões pessoais ou extra-Unisinos (para não dizer sectarismo, não usemos esse termo). Façam valer suas demandas e não coisas prontas e muito bem embasadas para parecer que todos estão participando. Não é justo excluir A ou B que também querem construir. Essa é minha advertencia.

Já fiz minha parte, agora é com vocês!
boa luta

ps. ah, fui oportunista em incluir no texto original algumas demandas que ouví na reunião.
não tenho a esperança que adotem o que proponho ou a tese, só de que levem em conta, avaliem e se querem, adotem, pois antes esse espaço não existia.

este foi o manifesto que apresentei no começo do ano e a tese também

07/04/2008
O MANIFESTO DO NOVO DCE UNISINOS
NOVO DCE
UNISINOS

MANIFESTO:
NÓS NÃO VAMOS CHUPAR NADA!
ELES É QUE VÃO TOMAR!

“(TAL ERA A OPRESSÃO) SEU SUOR ERA COMO GRANDES GOTAS DE [LIMÃO]” São Lucas Evangelista

Foi por nós que Ele sofreu? Essa é a mensagem dos Jesuítas e do Humanismo que fundaram a nossa Unisinos. A querida Companhia de Jesus
nos deu esse limão azedo para chupar. Nós não vamos tomar em “cálice amargo” nenhum! Nem chupar nada. É justo que soframos também?

Vamos parar com isso gurizada! Limão que nada, vamos é fazer uma limonada. Traz já o gelo, o açúcar e o limão!



BOTARAM FOGO NA NOSSA CASINHA E NOS TIRARAM DE LÁ JÁ NO PRIMEIRO DIA DE AULA

-AGORA, FORA DA CASINHA ESTAMOS É DE TER QUE LEVAR 6, 8 OU DEZ ANOS PRA SE FORMAR
- FORA DA CASINHA ESTAMOS POR NUNCA SER CONSULTADOS SOBRE AUMENTOS DE MENSALIDADE
- TAMO FORA DA CASINHA POR NÃO SER CONVIDADO PARA PARTICIPAR DE MUDANÇA ALGUMA NESSA UNIVERSIDADE
- FORA DA CASINHA FICAMOS POR PERDER AS BOLSAS FILANTROPIA EM VIRTUDE DO PROUNI – O PROUNI É UM PROGRAMA
FEDERAL E A UNISINOS NÃO É FEDERAL. CADÊ O HUMANISMO? CORTAR BOLSAS? É UM NEGÓCIO OU É UMA UNIVERSIDADE
FILANTRÓPICA? E A ASSISTENCIA ESTUDANTIL?
- SAIMOS DA CASINHA POR NÃO GANHAR NADA COM O PROGRAMA UNICIDADE. O QUE MELHOROU COM OS ROYALTIES DE
LICENCIAMENTOS E A TRANSFORMAÇÃO EM SHOPPING CENTER DO AMBIENTE UNIVERSITÁRIO? E AS EMPRESAS QUE ENTRAM AQUI SEM NEM SE COMPROMETER EM NOS DAR ESTÁGIOS, PELO MENOS
- SE NÃO BASTASSE O PREÇO DAS MENSALIDADES, TAMOS FORA DA CASINHA COM O MONOPÓLIO DO ESTACIONAMENTO, QUE NÃO EMPREGA ESTUDANTES
E TRANSPORTE UNIVERSITÁRIO COM ALTO CUSTO.
- E O PREÇO DO XEROX? NÃO É DE FICAR FORA DA CASINHA?
- FORA DA CASINHA ESTÃO AQUELES QUE ORGANIZAM SEMANAS ACADÊMICAS E NÃO RECEBEM APOIO DA UNIVERSIDADE. E O TRIPÉ ENSINO-PESQUISA-EXTENSÃO? PORQUE NOSSAS ATIVIDADES NÃO PODEM VALER COMO HORAS COMPLEMENTARES?
- E AS OPORTUNIDADES DE EMPREGOS PARA ESTUDANTES NA UNISINOS MESMO? DÁ PRA FICAR NA CASINHA?
-O PREÇO DO R.U., DÁ PRA ESTUDANTE QUE TRABALHA PRA SE SUSTENTAR PAGAR? QUEREM QUE MORRAMOS DE FOME?
- E AS MUDANÇAS DE CURRÍCULOS QUE DESRESPEITAM OS CRÉDITOS QUE OS ESTUDANTES CURSAM, DESPREZANDO-OS,
CAUSANDO TRANSTORNOS. É POR ESSAS E OUTRAS QUE AINDA ESTAMOS FORA DA CASINHA

GALERA! É RECONSTRUÇÃO JÁ

VAMOS NOS MOBILIZAR EM NOSSOS D.A.s, COMITÊS, CLUBES, IRMANDADES, COMISSÕES, MOVIMENTOS INDEPENDENTES, NÚCLEOS E LIGAS ESTUDANTIS!
REUNIÕES SEMANALMENTE JÁ! AGENDE NOS SEUS D.A.s OU D.C.E. O CALENDÁRIO DO FÓRUM DE MOBILIZAÇÃO!
TRAGA BASTANTE GELO, AÇUCAR E ÁGUA, PRA NOSSA LIMONADA.

PRA QUEM NÃO QUER TOMAR NEM CHUPAR NADA E PARA QUE TODOS VOLTEMOS À CASINHA



02/04/2008
MINHA TESE SOBRE MANIFESTO DO NOVO DCE UNISINOS
NOVO DCE UNISINOS
DE VOLTA PRA CASINHA
"MANIFESTO NÓS NÃO VAMOS CHUPAR, ELES É QUE VÃO TOMAR”
MOVIMENTO DE MOBILIZAÇÃO TOTAL E CONTÍNUA DOS ESTUDANTES PELOS DIREITOS DE TODOS E PARA TODOS. ESTREITAMENTO ENTRE DCE, ENTIDADES DE BASE E TODOS OS DEMAIS MOVIMENTOS INDEPENDENTES DOS ESTUDANTES COM UM ÚNICO PROPÓSITO.
MOBILIZAÇÃO TOTAL E CONTÍNUA
Hoje, o movimento RECONSTRUÇÃO JÁ está saindo vitorioso na conquista do direito de ter uma nova sede para os estudantes em sua entidade maior. A saber, o DCE. Porém faz muito tempo que os estudantes não se mobilizam e é muito difícil para suas lideranças aglutiná-los obtendo respaldo para as lutas. A muito custo, os líderes conquistaram tal vitória. Mas isso não é garantia de mobilização, nem garantia de que se levem a cabo tais promessas.
O apoio das entidades de base têm sido importante, só que estas também enfrentam seus desafios em suas próprias causas, muitas vezes, sem apoio estudantil. Faz muito tempo que os estudantes não se envolvem nas pautas do movimento estudantil. Os números falam por si.
Para a Unisinos a educação é um produto mercantil e para a maioria dos estudantes isso é verdade. O mercado é o que manda. É bom, pago, não é bom, procuro outra. Não é assim! Está errado! A mobilização deve ser contínua para desmascarar essa mentira. Educação é direito nosso, não mercadoria deles. Pela universalização do acesso à educação, direito nosso.

PELOS DIREITOS DE TODOS E PARA TODOS
Cada estudante aqui tem sua própria demanda e sua parcela de indignação contra algo. Não contemplados pontualmente pelas lutas de seus líderes, não se comovem nem os apóiam. Seja em questões globais ou pontuais. A descrença não é só exclusividade da política partidária, parlamentar ou governamental, ela é um fenômeno dos movimentos sociais. O movimento estudantil não é uma exceção.
Dispensemos uma profundização dos porquês dessa estagnação (pois dessa dissertação podemos divergir) e citemos alguns exemplos de lutas. A questão racial está em pauta no mundo. No Brasil há a discussão das cotas, nem todos têm seu espaço de expressão e formação de opinião. Há uma comoção também pela luta em favor da livre orientação sexual. Está a questão das drogas, a legalização, a relação entre violência urbana, e crescimento do consumo da “pedra”. Também a lei seca no estado está gerando polêmica, o alcoolismo no esporte, no lazer e na universidade. Podemos viajar mais ainda pela eutanásia, pelo aborto, células tronco, responsabilidade social e ambiental...
Certamente, a classe universitária é a elite desse país, e ninguém tem o direito de convencê-la do contrário. Os estudantes construirão o país que querem. È certo que na Unisinos há material humano e intelectual de primeira. Não há dúvidas de que existe um grande acúmulo entre estudiosos e estudantes nas áreas da robótica, soluções tecnológicas, informática, pedagógicas, engenharia de alimentos, urbanismo, ambientais, reciclagem e descarte de resíduos, talentos administrativos, astutos economistas que podem gerar soluções para problemas regionais e globais e muito mais. O estudante deve ter voz, falar e ser ouvido, viver a experiência de aprender e experimentar experimentar. Basta de escutar, repetir e acreditar nas gerações anteriores que nos trouxeram até esse mundo caótico de hoje. Se a Unisinos não fomenta a criação, fomentemos nós!

ESTREITAMENTO ENTRE DCE, BASES E INDEPENDENTES
O presente estreitamento entre o DCE e as entidades de base representa um avanço no quadro do movimento estudantil que sempre foi difícil. Pontualidades e divergências de avaliações conjunturais sempre resultaram em cisões históricas. Grandes rachas e rixas impedem as maiores lutas. Principalmente quando o cenário é favorável à luta. Hoje o cenário é favorável e as entidades estão habilmente unidas. Essa experiência política deve reproduzir uma radicalização do avanço da democracia. Deve resultar em um movimento permanente e includente. A inclusão é dos movimentos independentes, singulares, isolados e pontuais. Esses são a massa dos estudantes.
Muitos desses movimentos já existem, outros desses surgirão no meio do processo. São bandas e conjuntos musicais, grupos teatrais, times de futebol, volei, turmas de amigos e colegas de balada, membros de partidos políticos e religiões, pessoas que pegam o mesmo ônibus, ou que moram em um mesmo bairro ou cidade, grupos envolvidos em trabalhos acadêmicos, que trabalham em uma mesma empresa, colegas de cadeira, empresas junior-achievement, ONG s, estagiários, sindicalistas, produtores artísticos, culturais, de fanzines...
O que todos precisam é de um fórum permanente, para que se mobilizem para realizar seus objetivos individuais sem deixar de apoiar luta permanente de todos. Cada um desses grupos podem tornar-se orgânicos reunindo-se semanalmente, pelo menos, como grupo ou núcleo, e intervir em ato político do DCE, também semanalmente. Esse ato, organizado pelo DCE e entidades de base, é uma tribuna semanalmente aberta para as lideranças defenderem suas idéias, mobilizar e unir os estudantes e abrir essa tribuna para manifestações paralelas ou pontuais. Há muitas lideranças em potencial e rebeldia reprimidas nesta universidade. Isso é tudo o que se precisa para qualquer revolução. Fim à essa repressão branca. Liberdade!

ÚNICO PROPÓSITO
O único propósito da organização dos estudantes em um movimento estudantil na Unisinos é a garantia dos direitos mútuos. Direitos constitucionais, direitos constituídos politicamente, direitos conquistados por gerações anteriores, direitos a serem conquistados. Direito a expressão, à liberdade, à ter esperança em uma carreira, a um futuro. O direito de construir um novo Brasil, construção já em processo. O estudante deve ter o direito de ocupar seu papel de protagonista da sociedade. Discutir e construir uma nova ética, uma nova moral em que não há preconceitos, diferença nem exclusão. DIFERENÇA AOS DIFERENTES, IGUALDADE AOS IGUAIS E NÃO IGUALDADE AOS DIFERENTES E DIFERENÇA ENTRE IGUAIS. O NOVO DCE é o articulador desse dado novo momento histórico, de vanguarda revolucionária.


NOVO DCE UNISINOS
O NOVO DCE deve construir esse projeto revolucionário e liderar não só a articulação dele internamente e sim entre toda a comunidade acadêmica privada e estatal. São singulares as oportunidades em que coisas desse porte se levam a cabo. É raro momento de comoção ou convulsão pública que, transformado em fato político, se extrai dividendos políticos. Os estudantes de história podem fornecer-nos mais subsídios que apóiam esta tese. Mas a necessidade de melhoramentos ou revolução sempre há e não é diferente agora. Temos uma lista de pautas cruciais, que encheriam esses escritos, que convêm mais que encham e inflem nossa tribuna. Onde todos podem juntos construir o NOVO DCE e garantir a RECONSTRUÇÃO JÁ!, promessa conquistada junto à Unisinos e inspiração para esse movimento. São confiáveis todas as promessas vindas da Unisinos para os estudantes? São realmente humanistas, os jesuítas, mantenedores da Unisinos? De certo são nossos mantenedores, pois mantém muitos de nós por 8, 10 e até 12 anos para mendigar uma graduação. Assim, só duvidamos de seu caráter filantrópico. E se sim o são filantrópicos, o serão para atender as demandas de uma comunidade estudantil orgânica bem articulada ou atender a necessidades de uma população carente circunvizinha.

DE VOLTA PRA CASINHA
Nossa geração será um marco do movimento estudantil. Fora da casinha, saímos da casinha, pois há algo errado. É uma figura de linguagem assimilada por todos os estudantes. Não temos casinha, pegou fogo. Mas não é só por isso que estamos fora da casinha. Estudante mobilizado tem poder. O NOVO DCE será lembrado como o DCE que fez com que o prédio sede dos estudantes seja reconstruído, e mais, o que fez com que os estudantes desenhassem a nova casinha. Será fonte de inspiração para todo o movimento que sair “fora da casinha” pois essa figura nos diz que algo está errado e deve ser concertado. Essa mobilização deve ser constante, pois a grande adversidade vivida não pode passar sem virar fato político. “Botaram fogo na casinha”, ninguém se responsabilizou por nada, pelos concessionários nem pelo equipamento perdido. A promessa de reconstrução dá prazo de 180 dias. Quem garante que nesse prazo teremos uma nova casinha mesmo? E todo o tempo dessa presente gestão será diluída nessa questão, nessa preocupação, arrecadação de fundos, “coitadinhos de nós”, aumento do hiato entre DCE e base... Depois que tudo estiver solucionado, bem possível é que algum outro movimento, apoiado pela desarticulação, desmobilização e desinformação dos estudantes ganhe a eleição e colha os frutos de uma luta alheia. Porque é assim mesmo. Cada ano que passa aumenta o abismo que separa DCE e entidades de base de sua base, os estudantes. Os números falam por si e testificam.
Hoje nossas lideranças são realmente líderes. Estudam e trabalham, não são aparelhados politicamente por movimentos alheios às nossas causas, e se não estudam mais é pela própria dificuldade de financiamento dos estudos. Em vez de estudantes profissionais e políticos carreiristas de outrora. Pois estes esvaziavam e esvaziaram os movimentos. Não estão eliminados, pois com a falta de atitude, falta de vanguarda e falta novas lideranças, eles podem voltar.
Isso é uma herança maldita e amarga que nos deixaram reitoria e gerações anteriores. O estoque amargo de limão transbordou com a queima da casinha. Bom, se temos limão bastante, somos muitos, tragamos o açúcar, o gelo, e a água e façamos uma grande limonada.

NÓS NÃO VAMOS CHUPAR, ELES É QUE TOMEM
Eles estão pensando que vamos engolir seco? Estão enganados. Acham que vamos mastigar ou chupar esse limão azedo? Que nada! Vamos é fazer uma grande limonada e eles é que tomem conosco. Pois vamos mostrar-lhes que nossa geração é poderosa, capaz de solucionar problemas. Como eles mesmos, jesuítas que são, deviam estar ensinando, devolvamos o ódio com amor. Tragamos o gelo para esfriar rancores e caprichos, o açúcar para adoçar as relações institucionais e torná-las felizes e harmônicas, tragamos a água para lavar toda a sujeira que nos aprontaram já e garantir a pureza do movimento, em vez da ingenuidade ou oportunismos indesejados. E o limão, é tudo de ruim que nós já recebemos. O limão é o que temos mas não é inútil, apesar de acharmos assim num primeiro momento. Representa nossas adversidades. Os estudantes trarão todos os ingredientes em abundancia. Esses ingredientes e a mistura deles quer nos dizer que é impossível fazer limonada sem os estudantes. É impossível solucionar nossas presentes demandas nem as futuras. Nós sozinhos só vamos é ficar com os limões. Queremos esses limões? Essa nossa herança maldita é o que vamos passar adiante?

A suas ordens, colega e companheiro
Leandro Alano - jornalismo

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