O DCE quase não mobilizou os estudantes neste ano. Esse é o seu papel, se posicionar em defesa de todos, e ao lado de todos, não de alguns. A oligarquia já é coisa do passado. Analisando o material das três chapas, idéias e propostas são boas, mas... O material deles é como se eles não tivessem nada a ver com isso. Suas propostas podem ser boas, mas o que garante que quem não fez nada, vai fazer agora? Parece que todos são ETs. Óbvio que todos falam bem de si, e mal dos outros. Todos são 'teu amigo' agora. É do jogo político viciado que os caras estão aprendendo a jogar. Em epoca de campanha o que vale é o voto, a demagogia e a lisonja.
Nosso papel político e jornalístico é confrontar suas contradições e propor uma controversia a cada um. Isso é salutar. Deixar evidente as objeções e não dizer que todos são bons, pois isto eles mesmos se encarregam de fazer. É certo que um deles vai ganhar e terá nosso apoio. Se não os apoiamos, não temos direito de criticar. Eu sempre os apoiei, por isso hoje os critico. Os borrachos nunca apoiaram nas dificuldades, mas criticam igual, como fazem os corvos que esperam a presa agonizar antes de aparecer para a refeição. Reflita sobre isso e poste teu comentário! Se minha postagem não é polêmica, não provoca reflexão nenhuma nem prestaremos serviço aos colegas com o debate. Se minha postagem não acrescentar nada novo, as pessoas não vão respeitar nosso blog. Se as postagem estiverem em desarmonia, estará queimado meu filme e o filme do blog, com seus colaboradores todos juntos.
Quem é aqui que pode pagar por seu curso? Poderia ser nossa próxima enquete na semana que vem. Quem aqui entre 16 e 24 anos vive numa boa e tem seu próprio dinheiro no bolso pra gastar a vontade? Para fazer faculdade tem que ganhar mais de mil reais. Que jovem tem esse emprego? Ah, quantos por cento? É uma oligarquia, só uns poucos aristocratas o podem. Ou então vivem de parasita dos velhos. Alguns até ganham isso, mas já tão passando dos 25. E se não tiver ajuda nenhuma, teria que ser uns dois mil reais pra ficar legal. Para a mensalidade, transpoorte, morar, comer, vestir... E tem direito de ter filho pequeno, esse estudante? Casamento, nem pensar. Golpe do baú, quem sabe? Que jovem ganha isso hoje? É justo sermos excluidos da universidade porque somos pobres? Ainda mesmo os filhos dos ricos (classe média, eu digo), é justo que estudem nas costas dos seus pais? Alguém aqui é criança aos 24, 25, 26... ? Até as regras de dedução do imposto de renda e pensão alimentícea, para os que essa se aplica, já são flexíveis a essa triste realidade brasileira. O cidadão é dependente, como se fosse uma criança até terminar a faculdade. De quem é o dever de lutar pela emancipação do jovem? É justo que a Unisinos nos trate como clientes e a educação como negócio? Eles devem gostar muito mesmo de nós, levamos uns R$ 50 mil a eles cada e eles nos mantém por aqui por quase dez anos, muitas vezes. É justo que quem deveria lutar por nós fique brincando de revolucionários? Incentivar a sujeira e a desordem não é um sinal de rebeldia. Piadinhas podem divertir, mas isso é coisa de quen não tá precisando mudar as coisas.
Aí vão algumas questões a refletir
Por que se deve adotar postura de ruptura antes de buscar diálogo? Por que os estudantes não se interessam por suas necessidades, lutas, bandeiras, mesmo sendo carentes? Será que o DCE representa mesmo os estudantes? Ou representam a seus próprios interesses e de seu clientelismo? Fica entre quatro e seis por cento, a quantidade de votos de estudantes que elege uma diretoria em eleição de DCE, como essa de hoje. Por que ninguem consegue aglutinar por uma causa nem mesmo 10% dos estudantes? A única excessão de mobilização é a eleição em sí. Em que todos os grupos dão o sangue para conseguir o cuórum mínimo: 10%. Todas essas questões são polêmicas e geram opiniões controversas. Tocaremos nesses assuntos, eu não me importaria de que discordassem de mim. Isso é política pura. Se quiserem os colegas entrar em outros temas mais aprofundados, também não me importo, muito pelo contrário. Se queremos ajudar, o faremos apontando coisas para melhorarem do que passando a mão por cima e alimentando o orgulho alheio.
E é isso que faremos daqui pra frente. Quem é que eles vão preferir engolir? A nós e a nossa Tribuna ou ao reitor e seu desejo sádico de nos ver sofrer para ter o direito a educação?
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
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